04 julho, 2007

Comentário

Gramo à brava assistir às sessões da Assembleia Municipal, àquelas discussões que geralmente não levam a lado nenhum mas servem sobretudo para alívio do stress acumulado durante a semana de trabalho.
Nesta última de 29/06/2007 mesmo sem estar presente obtive o respectivo ”feed-back” .
Curiosamente escasseavam os assuntos para tratar, daí que o tempo acabou por ser ocupado em grande % na discussão de moções :

PRIMEIRA(s) MOÇÃO (s) - Localização do novo Aeroporto

Ota ou Alcochete, eis a questão. Saltam para a mesa duas moções .
PS de Coruche - defende Alcochete, e louva o Governo por democraticamente aceitar discutir o dilema da localização.

PSD de Coruche - defende Alcochete mas ataca o Governo , acho que mesmo só por razões de oposição política .

Surgem as votações. CDU/PCP vota a favor das duas moções.!
Resultado: ambas aprovadas, sendo o segundo ponto das mesmas completamente antagónico!
Para mim, um simples cidadão cá do burgo, encontrei nesta votação o exemplo mais elucidativo da palavra contraditório. Sugere-se utilização nas aulas de Português... e mais não digo.
Desta forma os políticos (alguns) nunca conseguem o nosso crédito.


SEGUNDA MOÇÃO – Encerramento da Zona Agrária de Coruche

Moção apresentada pelo PCP/CDU e aprovada. Defendia a continuação da Zona Agrária!
Mas nada esclarece sobre o que se faz na Zona Agrária. Qual é o sumo daquilo? Para que serve? Pelo menos que a moção esclarecesse pra malta saber:–

Quais os objectivos gerais da Zona Agrária; Os objectivos conseguidos; Valências; Tarefas mais relevantes; Áreas funcionais; Áreas geográfica de intervenção; n.º de explorações existentes; n.º de explorações assistidas; n.º de agricultores beneficiados; Volume de trabalho desenvolvido por ano; n.º de funcionários

mas a moção nada disto esclareceu e assim ficamos na mesma como a lesma!

Não me querem contratar para escrever as vossas moções?

Lamento que a ZA feche só por causa dos funcionários.
Os agricultores tanto lhes faz como lhes fez, tem as Associações para lhes tratar dos processos.
A Câmara Municipal e a Assembleia manifestam solidariedade para com os funcionários, são contra o encerramento (?) só por razões políticas. E fica-lhes bem essa pose. Ou não fica porque há a outra parte, a dos impostos que o Zé paga para manter o peso do Estado.
Com tudo isto espero que os funcionários não fiquem pendurados com os postos de trabalho. Pelo menos não é isso que o ministro tem dito!

Zé do Monte